sexta-feira, 1 de agosto de 2008

«Não é o filho do carpinteiro?... Ele não fez muitos milagres neste lugar, em virtude da falta e fé deles»


Ainda a propósito do Evangelho desta sexta-feira, 1º/08/08, vejamos o que nos diz Santo Hilário de Poitiers, Doutor da Igreja (aproveite para conhecer mais deste grande servidor de Deus em http://pt.wikipedia.org/wiki/Hil%C3%A1rio_de_Poitiers):

Comentário ao Evangelho do dia (Mt 13, 54-58) feito por :

Santo Hilário (c. 315-367), bispo de Poitiers, Doutor da Igreja A Trindade, 12,52-53

«Não é o filho do carpinteiro?... Ele não fez muitos milagres neste lugar,
em virtude da falta e fé deles»

"Por tanto tempo quanto eu goze do sopro de vida que me concedeste, Pai santo, Deus todo poderoso, proclamar-te-ei Deus eterno, e também Pai eterno. Nunca eu me farei juiz do teu poder supremo e dos teus mistérios; nunca eu farei passar o meu conhecimento limitado à frente da noção verdadeira do teu infinito; nunca eu afirmarei que outrora exististe sem a tua Sabedoria, sem o teu Poder e o teu Verbo, Deus, o Unigénito, meu Senhor Jesus Cristo. É que mesmo sendo a linguagem humana fraca e imperfeita, ao falar de ti, ela não limitará o meu espírito ao ponto de reduzir a minha fé ao silêncio, por falta de palavras capazes de exprimir o mistério do teu ser...

Também nas realidades da natureza, há muitas coisas das quais não conhecemos a causa, sem contudo lhes ignorarmos os efeitos. E, quando, pela nossa natureza, não sabemos o que dizer dessas coisas, a nossa fé cora de adoração. Quando contemplo o movimento das estrelas..., o fluxo e refluxo do mar..., o poder escondido na mais pequena semente..., a minha ignorância ajuda-me a contemplar-te, pois, se não compreendo essa natureza que está ao meu serviço, distingo nela a tua bondade, mesmo pelo facto de existir para me servir. Eu próprio, apercebo-me de que não me conheço, mas admiro-te tanto mais... Deste-me a razão e a vida e os meus sentidos de homem que me causam tantas alegrias, mas não consigo compreender qual foi o meu começo de homem.

É, pois, não conhecendo aquilo que me cerca, que capto aquilo que és; e, percebendo aquilo que és, adoro-te. Por isso, quando se trata dos teus mistérios, o não os compreender, não diminui a minha fé no teu poder supremo... O nascimento o teu Filho eterno ultrapassa a própria noção de eternidade, é anterior aos tempos eternos. Nunca exististe sem ele... És o Pai eterno do teu Unigénito, antes dos tempos eternos."


Fonte:

http://www.evangelhoquotidiano.org/www/popup-comments.php?language=PT&id=1738

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