quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Maria, Canal da Eterna Bênção

«O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor te mostre a sua face e conceda-te sua graça! O Senhor volva o seu rosto para ti e te dê a paz!» (1ª Leitura : Nm 6, 24-26 )


Esta bênção do Senhor, invocada sobre todas a nações, foi dada por Deus Pai, da maneira mais elevada, quando ele enviou o Seu Filho para fazer-Se carne da nossa carne: «Mas quando veio a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, que nasceu de uma mulher» (2ª Leitura : Gl 4, 4a).


É aqui que intervém a pessoa de Maria, que festejamos hoje sob o título de «Mãe de Deus», o canal utilizado pelo Pai para trazer ao mundo a Sua bênção. Por Seu Verbo feito carne, com sopro do Espírito Santo, o Pai nos reconcilia Consigo fazendo-nos Seus filhos adotivos, herdeiros de Sua vida divina, que Ele nos convida a partilhar (Cf. 2ª Leitura).


No raiar deste novo ano, vamos docilmente nos inscrever na escola de Maria para que ela, a Santa Mãe, nos ensine a acolher, na fé e na oração, a Palavra de bênção que o Pai pronuncia sobre nós através de Seu Filho.


Irmão Elias, Famille de Saint Joseph, França


Tradução e Adaptação:

Gisèle Pimentel

gisele.pimentel@gmail.com


Fontes:

http://www.homelies.fr/homelie,,2653.html

http://www.yoyita.com/thumbnails/Virgin%20of%20the%20naked%20feet.jpg

1º de Janeiro, Festa de Santa Maria, Mãezinha de Deus e nossa!

Amados irmãos e irmãs,

Nesta véspera da Festa de Santa Maria, Mãe de Deus - e nossa! - quero simplesmente lembrar da maravilhosa presença de Maria Santíssima ao nosso lado. A alegria de toda mãe (a priori) é estar ao lado de seus filhos e vê-los felizes. Muitas vezes as mães acabam cometendo certos excessos de zêlo pelo simples fato de quererem que seus filhos sejam "completamente felizes". Seria este um "pecado materno"? Não creio. Seria, antes, o tão falado "amor materno". O que sei é que aquele velho jargão: "Mães são todas iguais, só mudam os endereços" é bem realista. Mas graças a Deus que é assim. Se as sociedades atuais ainda conseguem sobreviver e progredir, de alguma forma, é porque as mães (geralmente) se desdobram em mil nos cuidados com seus filhos.


Assim como cada um de nós precisou de uma mãe para vir a este mundo, Deus também quis precisar de uma. Mais até: Ele sabia que, para ajudar a Igreja a dar seus primeiros passos e se desenvolver, precisaria também de uma mãe. A Sua. Só ela poderia "segurar a barra" da Igreja que nascia. Só Maria sabia como seria difícil a formação e o desenvolvimento da Igreja. Afinal, só ela sabia como tinha sido difícil criar o Chefe da Igreja.


E só ela sabe como é difícil vivermos, crescermos e nos desenvolvermos na nossa fé. Quando pensamos em Maria, tendemos a imaginar aquela mocinha linda, de feições muitas vezes angelical, perfeita. Maria pode ser assim, por que não? Mas devemos nos lembrar da adolescente que, após dizer seu "sim" a Deus, transformou-se em dona de casa, cuidando do lar, de Jesus, do esposo José. Igualzinha a todas as donas de casa de todas as épocas, do mundo inteiro. Sim, Maria lavava roupa, cozinhava, varria e arrumava a casa, precisava ir buscar água, tinha que ficar atenta para não faltar provimentos, enfim, tudo basicamente o que toda dona de casa faz. Será que já pensamos em Maria assim?


Quando o Anjo avisou José que seria preciso salvar a vida do Menino, a Sagrada Família partiu para o Egito. Que situação! Imaginem, Maria enfrentando os riscos da fuga - a possibilidade de encontrar saqueadores, as intempéries do deserto, o sufoco de precisar fazer uma viagem arriscada com uma criança tão pequena... Ameaças muito reais, de certa forma semelhantes com as muitas que vemos atualmente, no nosso dia-a-dia.


Mas ela não desistiu. Jamais desistiu de viver a vida que Deus lhe tinha reservado, com todas as tribulações e alegrias também. Não foi à toa que Jesus lhe confiou a humanidade inteira, uma multidão de filhos e filhas que precisam de uma Mãe ao lado. Mas também não foi por acaso que Ele a confiou a nós. Ele sabia que, para continuar a obra, Maria precisaria dos filhos com ela. Fica a pergunta: temos cooperado com Maria? Temos amado e confiado na nossa mãe? Temos ouvido o que ela nos diz?


Que em 2010 possamos ser filhos e filhas mais dedicados à nossa mãezinha. Feliz Ano Novo! Nossa Senhora nos abençoe sempre!


Gisèle Pimentel

Equipe Rio de Deus


Fonte (Imagem):

http://gabriellaroma.unblog.fr/2007/12/31/sainte-marie-mere-de-dieu/

domingo, 27 de dezembro de 2009

Sagrada Família - Uma casa sobre a rocha

A liturgia deste domingo, Festa da Sagrada Família, nos apresenta a única página da Sagrada Escritura onde encontramos os três membros da Sagrada Família interagindo livremente, já que nos relatos anteriores, Jesus ainda era um recém-nascido e, nos posteriores, a figura de São José desaparece.


Em sua peregrinação anual a Jerusalém, São Lucas nos apresenta um quadro bem doméstico de uma família cumprindo os preceitos religiosos, agindo de modo semelhante a todas as famílias do seu tempo. Uma família cujos membros estão todos à procura de Deus. Primeiro, ao Templo, lugar sagrado em Israel, à Cidade Santa, imagem da Jerusalém Celeste. Depois quando, perdido o menino, procurando o próprio Deus feito Homem no qual habita toda a plenitude da divindade, O encontram preocupado em cuidar das coisas de Seu Pai.


Pensando em José, Maria Lhe observa que Seu pai e ela, aflitos, O procuravam; e o Menino Jesus, sem deixar de ser submisso a seus pais humanos, lhes recorda quem realmente era Seu Pai, ensinando-nos a obediência que devemos ter para com nossos pais, e, ao mesmo tempo, a buscar antes de tudo a Deus, fonte de toda sede humana, de quem somos realmente filhos (cf. I Jo 3, 1-2).


Por fim, uma palavra merece destaque para nossa reflexão: "Meu filho, por que fizeste isso conosco...?" Nas palavras de Maria, o drama de tantas famílias que enfrentam profundas dores e desafios perante seus filhos. [...]


Que a Sagrada Família inspire os relacionamentos inter-familiares, e que o Ano Novo que está por iniciar renove no coração de pais e filhos o desejo de maior intimidade e de buscar em Deus a solução para todos os desafios que vivem nossas famílias.


Fontes:

Folheto "A Missa", 27/12/09.

http://picasaweb.google.com/lh/view?q=maison,+rocher&uname=gisele.pimentel&psc=G&filter=1#5382972233749930050

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

NATIVIDADE DO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

Cantai ao Senhor um cântico novo. Cantai ao Senhor, terra inteira.Cantai ao Senhor e bendizei o seu nome, anunciai cada dia a salvação que ele nos trouxe. Proclamai às nações a sua glória, a todos os povos as suas maravilhas. Alegrem-se os céus e exulte a terra, retumbe o oceano e o que ele contém,regozijem-se os campos e tudo o que existe neles. Jubilem todas as árvores das florestas com a presença do Senhor, que vem, pois ele vem para governar a terra: julgará o mundo com justiça, e os povos segundo a sua verdade." (Salmos 95, 1-3.11-13)

Local do nascimento de Cristo, Belém.


Hoje, as maravilhas tornam-se abundantes, as riquezas se multiplicam, pois o tesouro está aberto: aquela que dá à luz é mãe e virgem, aquele que nasce é Deus e Homem... É necessário esconder este tesouro num campo (Mt 13, 44): que o casamento da mãe esconda aos olhos do mundo sua concepção virginal, que o choro do recém-nascido subtraia aos olhares dos homens este nascimento indolor. Esconda, ó Maria, sim, esconda o esplendor deste sol nascente! (Lc 1, 78) Esconda seu Filho numa manjedoura; envolva-O em fraldas, pois estas fraldas são toda a nossa riqueza. As fraldas do Salvador são mais preciosas que a púrpura; sua manjedoura é mais gloriosa que os tronos dourados dos reis; a pobreza do Cristo ultrapassa em valor toda fortuna e todo tesouro.

Há, com efeito, riqueza mais preciosa que esta humildade que nos permite ganhar o Reino dos Céus e adquirir a graça divina? Está escrito: "Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus!"(Mt 5,3) e o apóstolo afirma: "Deus resiste aos soberbos, mas dá sua graça aos humildes (Pr 3,34)" (Tg 4, 6). Vejam como nos é recomendada a humildade no nascimento deste Salvador. Vindo ao mundo, Ele aniquilou-Se a Si mesmo; tomou a forma de servidor, e sua aparência é a de um homem (cf. Fl 2,7).

Quereis, porém, ver riquezas ainda mais preciosas e uma glória ainda maior? Não há maior amor do que dar a sua vida por seus amigos" (Jo 15, 13). As riquezas da nossa salvação e da Sua glória são: o Sangue precioso que nos redime e a Cruz do Senhor.

(São Bernardo, 1091-1153, 4º sermão para a noite de Natal, §6)

Tradução e Adaptação:

Gisèle Pimentel

gisele.pimentel@gmail.com


Fonte:

http://www.riodedeus.com/colunadagisele.html

PAZ: O QUE É? COMO SE ENCONTRA?

Se recorrermos a algum dicionário de língua portuguesa e procurarmos o significado da palavra PAZ, encontraremos algo mais ou menos assim:

PAZ, s.f. Concórdia; sossego; cessação das hostilidades; descanso. (...)

Cada uma dessas palavras desvenda um pouco do significado do que é sentir-se em paz ou estar em paz. Na verdade, cada uma delas indica algum ingrediente necessário na busca da paz interior ou da paz com alguém.

A palavra CONCÓRDIA significa originalmente “corações que andam juntos”. Duas pessoas que vivem em concórdia são capazes de ouvir uma à outra e partilhar respeitosamente seus sentimentos, idéias, sonhos... Onde há verdadeira concórdia, aí há paz, e isso significa que devemos aprender a “emparelhar” o nosso coração a outros corações. Saber ouvir e “sentir-se no lugar do outro” ajuda-nos a acolher a outra pessoa em nossa vida a partir do que ela é, e não a partir do que gostaríamos que fosse. Desse modo somos capazes de dar alguns passos ao lado do outro no longo caminho de sua existência, e não simplesmente julgá-lo a partir do nosso próprio percurso; abrimos mão de estar “na defensiva”. Talvez esse seja o primeiro passo para uma convivência pacífica e respeitosa...

Mas, acima de tudo, é preciso ter concórdia com Deus. Sim! Aprender a elevar o próprio coração ao coração de Deus, amar o que Ele ama, sonhar o que Ele sonha, render-se à certeza de que Ele cuida de nós e “emparelhou” o seu coração ao nosso, é a mais profunda fonte de paz. O próprio Senhor nos garante:

“Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que desejais”. (Jr 29, 11)

A confiança no misericordioso amor de Pai que Deus nutre por nós nos assegura que, mesmo quando não somos capazes de compreender muito bem o caminho pelo qual avançamos, Ele pode nos conduzir à alegria verdadeira. Cabe a Deus guiar-nos pelo caminho da realização de nosso desejo mais profundo, mas c

Por fim, a Bíblia nos diz que “Ele (Jesus) é a nossa paz” (Ef, 2, 14). Jesus é a maior autoridade quando o assunto é “derrubar muros de inimizade”. Certamente ninguém como Ele foi tão capaz de emparelhar seu coração com o dos outros, a ponto de ser conhecido como “o homem que perdoava pecados” (Lc 7, 49; Mc 2, 7ss). Jesus nos ensina que, se desejamos experimentar paz e criar um clima de paz ao nosso redor, precisamos aprender a perdoar. Ele próprio nos ensinou o quanto é necessário emparelhar o nosso coração ao de Deus quando se trata de perdão (Mt 6, 12ss). O Deus da paz, que nos perdoou e acolheu em Cristo Crucificado; que em seu Filho na cruz nos ensinou o segredo da absoluta entrega e confiança, agora deseja ser o nosso instrutor no caminho da paz entre nós. Quando aprendemos a ter concórdia com o coração dEle, Ele nos leva irremediavelmente ao coração daqueles que estão ao nosso redor. Então se cumpre plenamente a obra de Jesus: cessam as hostilidades, os corações se unem em acolhimento e perdão, e nossa alma encontra sossego e descanso no mais íntimo.

Oremos ao Senhor, pedindo o dom da paz para esse dia:

Pai amoroso, eu te agradeço porque em meio a todas as provações desse dia posso ter paz em Jesus. Minha paz não é a solução desse ou daquele problema; minha paz não são os aplausos que outros podem me dar; minha paz não são as circunstâncias que me são favoráveis. JESUS é a minha paz. Obrigado, Senhor, porque Jesus me ensina a emparelhar o meu coração com o Teu. Quero viver em concórdia contigo hoje, meu Pai. Quero confiar nos teus planos de amor para mim e, acima de tudo, quero aprender contigo a perdoar e tolerar. Ajuda-me a ouvir; ajuda-me a “sair da defensiva” e acolher aqueles que o Senhor vai colocar hoje no meu caminho. Nesse dia, Senhor, quero andar em concórdia contigo, certo de que me tornarás um instrumento apropriado do teu amor na vida de muitos irmãos. Amém.

Pe. Antonio José


Fonte:

http://www.riodedeus.com/bastaumapalavra.html

FESTIVAL DE PRESÉPIOS ENFEITA A CIDADE

Já é possível perceber o espírito do natal pelas ruas do Rio de Janeiro. Isso devido ao Christmas Festival, um circuito de presépios em tamanho real, distribuído por 50 pontos da cidade. No dia 29 de novembro, às 19 horas, em Botafogo, será feita a inauguração oficial do circuito, com a apresentação do Coral da Rede Globo e da Banda da Polícia Militar, que tocarão músicas natalinas. Ao final, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, dará a bênção à população, aos artistas e às autoridades presentes.

A exposição ficará nas ruas até janeiro de 2010. As obras estão em pontos turísticos da cidade, como praças, shoppings, metrôs e aeroportos. Os presépios serão espalhados também nas comunidades carentes, com o intuito de que todos tenham acesso à arte.

O Christmas Festival é promovido pela 10 Mais Promoções, com o apoio da Arquidiocese do Rio de Janeiro e da Globo Rio; e tem parceria com os Governos Estadual e Municipal. De acordo com os organizadores do evento, após o período de exposição os presépios serão leiloados e os recursos integralmente destinados a obras sociais do estado e da cidade do Rio de Janeiro.

A organizadora do evento, Tânia Lemos, está satisfeita com o resultado. Para ela, as pessoas estavam perdendo o verdadeiro sentido do natal. Por isso, investiu para que fosse possível retomarmos o verdadeiro significado natalino — que é o nascimento de Jesus, nas ruas da cidade.

- Além de evocar o verdadeiro espírito do natal, de difundir a arte para a população, o Festival de Presépios também abriu oportunidades para artistas de todo o Brasil participarem do evento e compartilharem o espaço público com os artistas plásticos de renome, acrescentou a organizadora.

Em Junho foi aberto um concurso para artistas plásticos enviarem o projeto do presépio. Além dos 15 artistas renomados, outras 35 pessoas tiveram a oportunidade de mostrar o seu talento. Assim aconteceu com Domi Junior, que foi um dos escolhidos para participar. O artista plástico, de 43 anos, tem, pela primeira vez, seu trabalho divulgado.

- Para mim é uma grande honra participar de um evento como esse. Me empenhei ao máximo para preparar um presépio que demonstrasse toda a amplitude do natal. Minha grande inspiração foi minha fé, disse Domi Junior.

O Presépio de Domi Junior está na Praça Edmundo Rego, no Grajaú. A Praça Corumbá, onde será feita a inauguração oficial do Christmas Festival, fica à Rua São Clemente, em Botafogo. O palco será montado próximo ao presépio do artista Diogo Russo. Neste dia, todos os 50 artistas receberão certificado de participação.

Leanna Scal, 27/11/2009


Fonte:

http://www.riodedeus.com/arquidiocesehoje.html

MADRE MARIA DE JESUS DELUIL-MARTINY

Caríssimo Amigo da abadia de São José,

"Para o homem do terceiro milênio, um 'Salvador' ainda tem algum valor, ainda faz algum sentido? Um Salvador ainda é necessário para o homem que alcançou a Lua e Marte?... Apesar das inúmeras formas de progresso, o ser humano continua a ser o que sempre foi: uma liberdade vacilante entre o bem e o mal, entre a vida e a morte. É aí precisamente, no mais íntimo dele mesmo, naquilo que a Bíblia chama de 'coração', que o homem precisa ser 'salvo'... Quem pode defendê-lo, senão Aquele que o ama a ponto de sacrificar Seu Filho único sobre a Cruz como Salvador do mundo?... Não tenham medo, abram seus corações a Ele acolham-No, para que Seu Reinado de amor e paz se torne a herança comum a todos" (Papa Bento XVI, Mensagem de Natal, 2006).

Os Santos, iluminados pelo Espírito Santo, percebem claramente a que ponto o mundo precisa de um Salvador; o Reinado de Jesus nos corações constitui sua maior preocupação. Tal foi o caso de Madre Maria de Jesus Deluil-Martiny, que escreveu:

"É preciso que Ele reine!... Pois a Ele pertence o império pelos séculos dos séculos; e todas as nações Lhe foram dadas em herança. É preciso que Ele reine!... Nosso Jesus, nosso Irmão, nosso Salvador, nosso Amigo, nosso Esposo! É preciso que Ele reine plenamente em nós, sem a menor sombra de reserva ou divisão; é preciso que Ele reine no mundo e nos corações; e para isto, vamos orar, vamos nos ofertar, nos sacrificar, vamos morrer todos os dias!..."

Quem era a mulher que abraçava tamanho fogo do Amor divino?

Maria Deluil-Martiny nasceu em Marselha em 28 de maio de 1841 e foi batizada no mesmo dia de seu nascimento. Filha mais velha dentre cinco irmãos, ela herdou de seu pai, advogado profundamente cristão, a coragem que lhe permitiria vencer os obstáculos da vida; de sua mãe, ela recebeu a fé ardente e uma grande delicadeza de coração. Todavia, ela demonstrava um temperamento orgulhoso e arrogante Quando veio a época de fazer a Primeira Comunhão, seus pais, para assegurar-lhe uma preparação consistente, colocaram-na no internato da Visitação, em Marselha. Um dia, durante o recreio, repentinamente Marie interrompeu sua brincadeira e falou em particular com uma amiga: "Angélica, o Sangue de Jesus corre, neste momento, do Altar para o mundo!" Ela fez sua Primeira Comunhão em 22 de dezembro de 1853, e recebeu o Crisma (conforme o costume da época), em 29 de janeiro de 1854, das mãos de Santo Eugênio de Mazenod, bispo de Marselha. Aos 15 anos, ainda no internato, Maria reuniu um grupo de alunas, chamadas "Oblatas de Maria", que ela considerava como uma pequena ordem religiosa, com regras, noviciado e profissão. O grupo foi descoberto e desfeito pelas Superioras.

Quando terminou seus estudos, Maria fez um retiro espiritual decisivo para a sua vocação: "Jesus Cristo é o único amável, ela escreveu em seu diário; quando morrer, quero só tê-Lo amado... Para viver bem no mundo, eu devo detescltar o pecado, fugir das ocasiões de pecar, devo detestar o mundo e tudo o que é do mundo... 'Venha e siga-Me', disse Jesus; ó Deus, como é linda esta palavra! Ele é meu se eu quiser!" Nessa época ela tem a graça de encontrar o Cura d'Ars, São João Maria Vianney, e de lhe falar de sua vocação. Ela sente claramente que Jesus a chama a se entregar totalmente a Ele; assim, ela recusa inúmeras propostas de casamento.


Provações interiores

Esta alma dileta necessita ser purificada. Nosso Senhor, por Sua vez, permite que ela passe por inúmeras provações interiores, particularmente por uma grave crise de escrúpulos. Vendo pecado em todos os cantos, ela teme ser separada d'Aquele que ela ama sobre todas as coisas: "Viver pensando ter agido mal Convosco, ó Jesus, escreve, é como morrer mil vezes; é tão difícil, meu doce Mestre, nunca sentir-Vos plenamente e esperar pelo Céu para poder desfrutar de Vós!" Graças ao apoio recebido de um sábio confessor, Maria consegue sair desta situação angustiante. Em 1859, Clemência, a mais jovem de suas irmãs, morre devido a uma grave doença, após ter comungado pela primeira vez; suas duas outras irmãs e seu irmão morrem nos anos seguintes. Maria fica só na casa paterna, junto aos seus pais doentes, atingidos pelo revés da fortuna.

Em 1864, Maria conhece uma nova associação chamada "Grande Honra do Sagrado Coração de Jesus", fundada por uma Irmã Visitadina de Bourg-en-Bresse; seu objetivo é de glorificar, amar e consolar o Sagrado Coração, oferecendo-se com Ele numa vida de oração, penitência e caridade, em reparação aos pecados do mundo. Maria logo recebe o título de "Primeira Zeladora" da obra que ela se dedica a divulgar junto a inúmeras almas através do mundo, inclusive a bispos, por meio de folhetos, imagens e medalhas.

Na época da beatificação da vidente de Paray-le-Monial, Irmã Margarida Maria Alacoque, em junho de 1865, Maria é convidada a fazer um retiro espiritual na Visitação de Bourg, durante o qual ela recebe preciosas iluminações. Em fins de 1866, ela assiste a uma pregação de um padre jesuíta, Padre João Calage, que fala sobre o Sangue e a Água que jorraram do Coração de Jesus. Inspirada a entrar em contato com este sacerdote, ela lhe manifesta sua vontade de abraçar a vida religiosa: "Você é vocacionada, diz o santo religioso, certamente, mas a hora ainda não chegou; sua entrada na vida religiosa, neste momento, atrapalharia os planos de Deus. Ele tem desígnios particulares para a sua alma... Você deve se preparar para o despojamento de si mesma." Ele a encoraja, então, a entregar-se totalmente a Nosso Senhor, o que ela faz na primeira sexta-feira de maio de 1867.

Tradução e Adaptação:

Gisèle Pimentel

gisele.pimentel@gmail.com

Fonte:

http://www.riodedeus.com/aforcadafe.html

APOIO À NOVA EVANGELIZAÇÃO NA AMÉRICA LATINA

KORAZIN, domingo, 29 de novembro de 2009

Pouco mais de 150 arcebispos e bispos da América Latina reuniram-se este mês no Centro Internacional Domus Galilaeae, na Terra Santa, para o Congresso sobre a nova evangelização em seus respectivos países.

O encontro, organizado por uma equipe responsável do Caminho Neocatecumenal, formada por Kiko Argüello, Carmen Hernández e Pe. Mario Pezzi, abordou a situação da Igreja no mundo e compartilhou, com os bispos, experiências pastorais.

Esta é a primeira reunião deste tipo realizada com os bispos da América Latina, embora não seja a primeira a ser realizada na Domus Galilaeae. Na primavera de 2008, houve uma similar, com 170 bispos da Europa. Em 2007, esta mesma reunião foi realizada com bispos da África e, em 2006, com bispos da Ásia e da Oceania.

Entre outros, o cardeal Pedro Rubiano Sáenz, arcebispo de Bogotá e Nicolás de Jesús López Rodríguez, arcebispo de Santo Domingo, estiveram presentes, além de muitos bispos de Colômbia, Brasil, Venezuela, Bolívia.

Os bispos também se reuniram com autoridades civis e com os pastores de igrejas locais, incluindo Elias Chacour, arcebispo de Akka dos greco-melquitas católicos, o vigário geral do Patriarcado Latino, Dom Giacinto Boulos Marcuzzo, o custódio da Terra Santa, Pe. Pierbattista Pizzaballa, e o núncio apostólico, arcebispo Antonio Franco.

O cardeal Lopez Rodriguez destacou que no congresso se compartilharam experiências e dificuldades pastorais. “Santo Domingo foi a primeira terra americana que recebeu o anúncio do Evangelho. Preparamos para celebrar em 2011 o 500º aniversário da fundação da primeira diocese americana”, disse o arcebispo.

Desafios e dificuldades

No encontro se destacaram alguns fenômenos preocupantes, como a difusão das seitas e de utopias enganosas, fundadas em antropologias que negam a alma e o pecado original, além da volta ao indigenismo.

Destes fenômenos e das palavras dos bispos ficou evidente a urgência da nova evangelização, de uma pastoral missionária que coloque em um movimento virtuoso e dinâmico toda Igreja.

Para Dom Víctor Manuel López Forero, arcebispo emérito de Bucaramanga (Santander, Colômbia), a nova evangelização "deve ser uma característica da nossa missão pastoral", com "novo ardor, nova inspiração mística e buscando um novo rosto para a Igreja, como nos ensinou João Paulo II. "

Novo ardor

Para o bispo José Luis Escobar Alas, arcebispo de San Salvador, "é evidente que a nossa sociedade, em geral, está perdendo a fé e se torna progressivamente mais atéia, assim como a Europa: este processo está também presente cada vez mais na América Latina”.

"As vocações diminuem e a família é atacada nos seus princípios e valores. Há também o flagelo das seitas protestantes, que são um autêntico acúmulo de heresias, um sistema que ameaça destruir a fé católica".

Segundo o prelado, nesse contexto, é "extremamente necessária uma resposta, e esta deve ser a evangelização e a missão, como disse o Documento de Aparecida”.

"Esta reunião quis nos animar na a fé, a fim de tomar a melhor decisão, para que possamos proclamar Cristo como a verdadeira escolha, num mundo cada vez mais materialista e desprovido de fé".

Para Dom Angelo Pignoli, bispo de Quixadá (Brasil), o grande desafio de sua diocese "é combater os problemas que afetam as famílias e os jovens”. Ele assinalou ainda a falta de formação do povo. Desejou uma “evangelização mais profunda, para chegar às consciências das pessoas e ter um cristianismo mais autêntico e eficaz”.

Família

Para Dom Hugo Barrantes, arcebispo de San José e presidente da Conferência Episcopal da Costa Rica, em país, vê-se "anticultura da morte: as pessoas não querem ter filhos, querem o casamento entre homossexuais. A família sofre assédio".

"Os bispos da Costa Rica há oito anos estão trabalhando duramente para defender a família. Neste novembro vamos marchar pelas ruas de San José por esta causa”.

“Queremos dizer aos governantes que estamos com a família, que não queremos a morte, queremos que as crianças nasçam, queremos o futuro da pátria. Este é o desafio mais importante para nós hoje”.

Sobre o desafio das seitas, Dom Barrantes disse que em seu país há seitas, mas sobretudo as pessoas abandonam a religião e não se apegam a nada, tornam-se indiferentes. “Por isso é necessário evangelizar. E colocamos nossa diocese em estado permanente de missão".

(Por Sara Fornari)

Fontes:

www.zenit.org

www.riodedeus.com

"Eu vos anuncio uma grande alegria!", por Dom Orani João Tempesta

"Caríssimos diocesanos,

É Natal! As celebrações e os sinais que vemos ao nosso redor tornam presente o grande acontecimento que neste tempo comemoramos: o Pai enviou o Filho, que veio habitar entre nós!

Ele fez-se um de nós para convidar-nos a andar pelo caminho da verdadeira vida. Nasceu despojado, pobre, escondido num pequeno povoado do Oriente, demonstrando-nos que ninguém precisa temer Aquele que veio salvar a humanidade do pecado e da morte.

Assim como anunciaram os anjos em Belém, e como também Isaías tinha profetizado: 'Eis que o Senhor fez-Se ouvir até as extremidades da terra: eis que está chegando o teu Salvador', nós também hoje ouvimos e, ecoando, anunciamos a todos: nasceu para nós Jesus - 'o povo que andava nas trevas viu uma grande luz' -, foi-nos dado um Menino, um Filho, e grande será o Seu reino e a paz reinará!

Após o tempo do Advento com a preparação à vigilância para o Senhor que virá, vem e veio, eis que agora vivemos o Natal! Que o ar que reina ao nosso redor e as alegrias dos festejos se tornem encontro com a vida nova e a disposição de gritar do alto do monte anunciando a grande notícia - Cristo nasceu, e por isso mesmo um mundo de paz e fraternidade se torna possível.

Todos nós somos chamados a encontrar n'Ele a vida e, como comunidade, anunciar a todos a coragem, alegria e ânimo novo de ser cristãos que olham e assumem a sua responsabilidade de, como fermento na massa, fazer resplandecer pelo testemunhom essa luz junto aos irmãos e irmãs.

Deixando a todos um abraço fraterno, desejo-lhes um Feliz Natal com Cristo, hoje e sempre!"

D. Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano (Rio de Janeiro - RJ)


Fonte:

Folheto "A Missa", Noite de Natal - 24/12/09

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

4º Domingo do Advento 2009 - Maria, imagem do Advento

Eis Maria que se põe em marcha rumo à sua prima Isabel. Tão logo recebe o anúncio do Anjo, já se encontra a caminho. No seu coração, um mistério: escondido no seio fecundo da Virgem, o segredo de uma vida, o fruto do seu ventre é a Vida Divina que, descendo de Sua grandeza, vem ao encontro da pobre humanidade. Maria se põe a caminho, melhor seria dizer, em procissão. É a nova Arca da Aliança, em cuja presença o céu se une à terra e o Homem com Deus se encontra.

Como nas antigas imagens da Virgem do Ó, poderíamos imaginar Maria com as mãos cruzadas em forma de cruz sobre o ventre, adorando Aquele que é a fonte da vida, como a liturgia canta no venerável hino Alma Redemptoris Mater (Santa Mãe do Redentor): "Vós gerastes, ó maravilha!, Aquele que vos criou." No entanto, Maria hoje põe-se a caminho, seu coração é todo de Deus e, por isso mesmo, sabendo que o caminho rumo a Deus passa pelo próximo, vai em direção à prima que dela necessita.
O encontro entre Maria e Isabel, entre Jesus e João é, para nós, a figura do Natal que daqui a pouco vamos celebrar. A visita de Jesus presente no seio de Maria faz João dançar no ventre de Isabel que, repleta do Espírito Santo, prorrompe em louvor: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o Fruto do teu ventre!"

Ao longo do Advento, temos sido convidados a preparar o caminho do Senhor que vem, a celebrar o Natal do Senhor não como pagãos, mas como verdadeiros seguidores de Jesus. Precisamos tomar posse de novo do Natal, tão paganizado por uma visão consumista e secularizada, onde o que importa é o valor da compra e o saldo da conta bancária. Nesta sociedade pós-cristã, o Homem de hoje necessita, mesmo que não saiba, redescobrir Jesus e o sentido verdadeiro do Seu Natal: Deus vem ao nosso encontro, dando-nos a certeza de que não estamos sozinhos e que nosso viver ainda tem sentido. A imagem de Maria que não se acomoda, mas que vai ao encontro de sua prima, comunincando-lhe a novidade de Jesus, deve ser para nós o grande ícone neste tempo de MISSÃO CONTINENTAL.

Assim como a VISITA DE MARIA comunicou alegria e encheu o coração de sua prima e do menino da graça de Deus, façamos deste Natal a oportunidade de nos comprometermos, ao longo de nossa vida, a comunicar a Boa-Nova da Salvação. Alegrai-vos. Ele está bem perto. A todos um feliz e santo Natal!


Fontes:

Folheto "A Missa", 20/12/09.

domingo, 13 de dezembro de 2009

3º Domingo do Advento 2009 (Domingo da Alegria) - Que devemos fazer?

Diante de João Batista, apresentam-se várias categorias de pessoas tocadas por suas palavras e sedentas por mudança de vida. Por três vezes seguidas lhe perguntam: "O que devemos fazer?" Em sua resposta, ele, homem profundamente austero consigo mesmo, capaz de grandes renúncias e penitências, não lhes exorta a imitar sua vida eremítica e ascética no deserto; não apresenta nada de exorbitante, nem tarefas impossíveis de serem observadas. Ao contrário, recomenda o respeito ao próximo e a consideração a todos na justiça. Mostra a todos que não é necessário renunciar à realidade quotidiana, já que é exatamente neste campo que cada um pode deixar-se conduzir por Deus.

A uns ele chama à solidariedade com os que nada têm: quem tem duas túnicas, dê uma ao que não tem. Aos cobradores de impostos, colaboracionistas dos romanos e gananciosos, acostumados a exigir propinas e, por isso, odiados pelo povo, pede que sejam honestos e que não se enriqueçam através de taxas exorbitantes, extorquindo a pobre gente. Aos soldados, provavelmente mercenários pagos por Herodes Antipas, já que desde o tempo de César os judeus residentes na Palestina haviam sido exonerados do serviço militar, recomenda o respeito pelos fracos e a absterem-se de toda forma de exploração para com os pobres, não maltratando ninguém e contentando-se com seu salário.

O Batista aponta, assim, o caminho que deve ser preparado para o Senhor que vem: a estrada da justiça, da caridade e do respeito ao próximo. O caminho que nos conduz a Deus passa obrigatoriamente pelo próximo.

Preparando-nos para o Natal do Senhor, não somos chamados a habitar o deserto ou a deixar nossos afazeres, nossa vida, mas a exercer nossos compromissos, a viver nosso dia-a-dia de modo diferente. O Senhor nos encontra em nossa vida normal, não através de gestos espetaculares; o que conta é ser fiel no quotidiano. O sagrado tempo do Advento nos chama a ir ao encontro do Senhor que vem, permanecendo em nosso próprio posto de trabalho, no lugar em que vivemos. A mudança que interessa, que realmente importa, não é a das coisas exteriores, mas a que acontece dentro de nós: a verdadeira conversão de nossas vidas.


Fontes:

Folheto "A Missa", 13/12/09.

http://www.icones-grecques.com/icones_saints/2-jean_baptiste.html

sábado, 12 de dezembro de 2009

Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira da América, 12 de Dezembro

Por volta de 1531, os missionários espanhóis haviam já aprendido a língua dos indígenas para fins de evangelização. Conforme a antiga tradição, foi justamente nesse ano que a Virgem Mãe de Deus apareceu ao recém-convertido Juan Diego (João Diogo, em Português), um piedoso índio, na colina de Tepeyac, perto da capital do México. Com muita afabilidade o exortou a ir ter com o Bispo e pedir-lhe que nesse lugar erguessem um Santuário em sua honra. O Bispo da diocese, Dom Frei João de Zumárraga retardou a resposta a fim de averiguar, cuidadosamente, o que tinha acontecido. Quando Juan, movido por uma segunda aparição e nova insistência da Santíssima Virgem, renovou as suas súplicas, entre lágrimas, ordenou-lhe o bispo que pedisse um sinal que comprovasse de que a ordem vinha realmente da grande Mãe de Deus.

Vindo Juan, certo dia, de um lugar mais distante, por um caminho que não passa pela colina de Tepeyac e dirigindo-se à capital, à procura de um sacerdote que administrasse os últimos sacramentos ao tio moribundo, a Virgem veio ao seu encontro, pela terceira vez, e consolou-o com a notícia do completo restabelecimento do tio, colocando-lhe no manto estendido belíssimas flores que haviam desabrochado há pouco tempo, apesar da esterilidade do terreno e do inverno: "Escuta, meu filho, não temas; não fiques preocupado ou assustado; não tens que temer essa doença, nem outro qualquer dissabor ou aflição. Não estou eu aqui ao teu lado? Eu sou a Mãe dadivosa. Não te escolhi para mim e não te tomei ao meu cuidado? Não permitas que nada te aflija ou perturbe. Quanto à doença do teu tio, não é mortal. Acredita: agora mesmo ficará curado."

Ao ouvir estas palavras, o piedoso vidente voltou a renovar o seu oferecimento para levar o sinal ao Bispo.
A Santíssima Virgem mandou-o ao lugar onde a tinha visto pela primeira vez, dizendo-lhe que lá encontraria uma grande variedade de flores. Que as colhesse e as trouxesse.
Subiu Juan Diego ao alto da colina. No frio mês de Dezembro, naquela terra árida e rochosa, onde nem vegetação havia, tinham brotado abundantes rosas de cor e perfume maravilhosos. Nossa Senhora colocou-as no "poncho" (manta com um buraco no meio por onde enfiavam a cabeça) e mandou levá-las ao Bispo que com este sinal se havia de convencer.

Juan Diego obedeceu e, ao despejar as flores perante o Bispo, apareceu uma linda pintura de Nossa Senhora tal como ela se mostrara na colina perto da cidade. O bispo acompanhou Juan ao local designado por Nossa Senhora e depois foi ver o tio dele, já curado. Este, ouvindo descrever a Senhora, assentiu sorrindo: “Eu também a vi. Ela veio a esta casa e falou-me. Disse-me também que desejava a construção de um templo na colina de Tepeyac. Disse que sua imagem seria chamada Santa Maria de Guadalupe, embora não tenha explicado o porquê.”

A fama do milagre espalhou-se rapidamente por todo o território. Os cidadãos, profundamente impressionados por tão grande prodígio, procuraram guardar respeitosamente a santa Imagem na capela do paço episcopal. Mais tarde, após várias construções e ampliações, chegou-se ao magnífico templo atual. De toda a parte e não só do México, acorrem os homens à Senhora de Guadalupe.

Em 1754, escrevia o Papa Bento XIV: “Nela tudo é milagroso: uma imagem que provém de flores colhidas num terreno totalmente estéril, no qual só podem crescer espinheiros; uma Imagem estampada num tecido tão transparente que se pode ver através dele facilmente o povo e a nave da Igreja: uma imagem em nada deteriorada, nem no seu supremo encanto, nem na nitidez das cores, pelas emanações da umidade do lago vizinho que já corroeram a prata, o ouro e o bronze... Deus não procedeu assim com nenhuma outra nação.”

Em outros santuários marianos, a fé move os devotos, mas em Guadalupe a celestial visão nunca cessa. Junto a essa presença maternal, ninguém se sente como um filho culpado de Adão; cada qual experimenta a inocente simplicidade e o doce aconchego de um filho amoroso.


Fontes:

http://www.levangileauquotidien.org/main.php?language=PT&module=saintfeast&localdate=20091212&id=627&fd=1

http://www.levangileauquotidien.org/zoom_img.php?frame=38079&language=PT&img=&sz=full