Neste dia em que comemoramos a Assunção de Maria aos Céus, trago para você um texto do Padre Marcel Domergue, jesuíta francês, a respeito do significado deste dogma. Muitas pessoas se dizem contrárias à religião católica exatamente por causa dos dogmas, porque acham muito difícil de acreditar no que eles representam. Mas nem se dão ao trabalho de tentar entender o que vem a ser o dogma. E nós? Será que nós sabemos o que significa esta palavra de origem grega? Para entendermos a real importância do dogma da Assunção de Maria, precisamos entender o que é um dogma de fé.
Os dogmas são as verdades da nossa fé, ou seja, tudo aquilo em que nós, católicos, acreditamos e professamos como verdade revelada por Deus.
Na base de tudo está a nossa crença em que Cristo fundou a sua Igreja sobre Pedro e seus sucessores, e a ela confiou a missão de transmitir fielmente seus ensinamentos, prometendo-lhe sua assistência infalível (por meio do Espírito Santo) até o fim dos tempos (Mt 16,17-19; 28,19-20). Por isso dizemos no Credo: “Creio na santa Igreja Católica”. Isso é um dogma, ou seja, uma verdade de fé que não pode ser questionada. Quem não aceita a autoridade divina da Igreja, não pode considerar-se autenticamente católico.
Agora sim, podemos seguir adiante na meditação desta realidade maravilhosa da vida de Maria Santíssima.
Os dogmas são as verdades da nossa fé, ou seja, tudo aquilo em que nós, católicos, acreditamos e professamos como verdade revelada por Deus.
Na base de tudo está a nossa crença em que Cristo fundou a sua Igreja sobre Pedro e seus sucessores, e a ela confiou a missão de transmitir fielmente seus ensinamentos, prometendo-lhe sua assistência infalível (por meio do Espírito Santo) até o fim dos tempos (Mt 16,17-19; 28,19-20). Por isso dizemos no Credo: “Creio na santa Igreja Católica”. Isso é um dogma, ou seja, uma verdade de fé que não pode ser questionada. Quem não aceita a autoridade divina da Igreja, não pode considerar-se autenticamente católico.
Agora sim, podemos seguir adiante na meditação desta realidade maravilhosa da vida de Maria Santíssima.
Onde está Cristo, lá também está Maria
O dogma da Assunção não tem qualquer raiz escritural comprovada. Ele é fruto de uma dedução: se Jesus vive na glória do Pai, Maria, cuja carne é a mesma de Jesus, também deve estar lá. Onde está o Cristo, lá também deve estar a sua Mãe. Lógico, não se trata de uma localização geográfica: a "glória", morada de Deus, está muito além do universo, preenchendo-o "como o relâmpago que sai do Oriente e ilumina até o Ocidente" (Mateus 24, 27).
Outra coisa: "assunção" não significa que Maria foi levada viva aos Céus como Elias numa carruagem de fogo; isto significa que ela foi totalmente assumida por Deus, em corpo e espírito. É por isso que hoje nós lemos o trecho de I Coríntios 15, 20-27, texto que não trata de um "elogio à morte", mas sim da ressurreição. Poderia o itinerário de Maria não ser conforme o de Jesus, que precisou passar pela morte? Na Idade Média, para não pronunciar a palavra "morte", dizia-se "o sono" do adormecimento (dormição) de Maria. Pudor discutível!
Em todo caso, essa assunção de Maria feita por Deus encerra e recapitula tudo o que ela viveu. A Assunção não é um tipo de crença suplementar, um detalhe que vem se juntar a outros. Através deste "dogma", nós podemos encontrar tudo o que concerne a Maria e também à nossa própria jornada.
Maria é, com efeito, a figura exemplar do itinerário de todo homem e da humanidade como um todo. Não somos o Corpo do Cristo, uma só carne com Ele, inseparáveis nos momentos ruins e nos bons? Não somos, como Maria, esta morada de Deus que prefigura a Arca da Aliança (Josué 3, 7-10)? Para permanecer no percurso de Maria, as palavras ditas na Anunciação, "cheia de graça, o Senhor é contigo", falam já da comunhão total com Deus que significa a Assunção. Pode-se reler todas as histórias da infância de Jesus tendo a Assunção como "intérprete". Aliás, ao longo da vida, em tudo é o final que nos ajuda a compreender o começo.
Em Maria está a nossa humanidade, a Humanidade inteira, que atinge o objetivo para o qual ela foi criada. O fim almejado que engloba todos os gestos e todos os passos do percurso. Se nós lemos hoje o Magnificat, é porque este cântico do começo (Anunciação), situado antes mesmo do nascimento do Cristo, adquire todo o seu sentido no final (Assunção).
O dogma da Assunção não tem qualquer raiz escritural comprovada. Ele é fruto de uma dedução: se Jesus vive na glória do Pai, Maria, cuja carne é a mesma de Jesus, também deve estar lá. Onde está o Cristo, lá também deve estar a sua Mãe. Lógico, não se trata de uma localização geográfica: a "glória", morada de Deus, está muito além do universo, preenchendo-o "como o relâmpago que sai do Oriente e ilumina até o Ocidente" (Mateus 24, 27).
Outra coisa: "assunção" não significa que Maria foi levada viva aos Céus como Elias numa carruagem de fogo; isto significa que ela foi totalmente assumida por Deus, em corpo e espírito. É por isso que hoje nós lemos o trecho de I Coríntios 15, 20-27, texto que não trata de um "elogio à morte", mas sim da ressurreição. Poderia o itinerário de Maria não ser conforme o de Jesus, que precisou passar pela morte? Na Idade Média, para não pronunciar a palavra "morte", dizia-se "o sono" do adormecimento (dormição) de Maria. Pudor discutível!
Em todo caso, essa assunção de Maria feita por Deus encerra e recapitula tudo o que ela viveu. A Assunção não é um tipo de crença suplementar, um detalhe que vem se juntar a outros. Através deste "dogma", nós podemos encontrar tudo o que concerne a Maria e também à nossa própria jornada.
Maria é, com efeito, a figura exemplar do itinerário de todo homem e da humanidade como um todo. Não somos o Corpo do Cristo, uma só carne com Ele, inseparáveis nos momentos ruins e nos bons? Não somos, como Maria, esta morada de Deus que prefigura a Arca da Aliança (Josué 3, 7-10)? Para permanecer no percurso de Maria, as palavras ditas na Anunciação, "cheia de graça, o Senhor é contigo", falam já da comunhão total com Deus que significa a Assunção. Pode-se reler todas as histórias da infância de Jesus tendo a Assunção como "intérprete". Aliás, ao longo da vida, em tudo é o final que nos ajuda a compreender o começo.
Em Maria está a nossa humanidade, a Humanidade inteira, que atinge o objetivo para o qual ela foi criada. O fim almejado que engloba todos os gestos e todos os passos do percurso. Se nós lemos hoje o Magnificat, é porque este cântico do começo (Anunciação), situado antes mesmo do nascimento do Cristo, adquire todo o seu sentido no final (Assunção).
Padre Marcel Domergue, jesuíta, redator do site francês Croire aujourd'hui (Crer hoje).
Tradução:
Gisele Pimentel
gisele.pimentel@gmail.com
Fontes:
www.comunidadebeatitudes.com/atualiza/internas/margaridadogmas.htm
www.croire.com/article/index.jsp?docId=538270&rubId=232
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