04 de agosto - São João Maria Vianney - Cura d'Ars - (1786-1859)

"Uma só Ave Maria bem orada faz tremer todo o inferno" (São Cura d'Ars)

Comenta-se, a respeito de vários personagens, de vários Santos, que eles foram os prodígios de seus séculos. Isto talvez não se aplique tão bem quanto ao Cura d'Ars. Este homem tão humilde viu, durante cerca de trinta anos, todo o universo, por assim dizer, atento às suas virtudes e à sua glória, tendo o mundo cristão a seus pés; ele é, seguramente, uma das maravilhas da santidade e do apostolado.

Nasceu em Dardilly, perto de Lyon, três anos antes da Revolução Francesa. Seus pais eram simples agricultores profundamente cristãos. Inicialmente ele foi pastor e se ocupava também dos trabalhos nos campos. Desde os seus primeiros anos, ele se distinguia por sua candura, piedade, amor à Santíssima Virgem e por sua caridade para com os pobres.

João chegou ao sacerdócio graças à sua piedade mais que aos seus talentos. Após alguns anos de vicariato, ele foi chamado para ser pároco (Cura) de Ars e, notando o campanário de sua paróquia, ele se pôs de joelhos e começou a orar a Deus, recomendando-Lhe o seu ministério sacerdotal.

Seu primeiro cuidado foi o de visitar seus paroquianos; ele logo os conquistou por sua virtude, e viu, graças ao seu zelo, suceder aos abusos de toda sorte e à indiferença um espírito cristão, uma perfeita observância do domingo: a paróquia, sob o impulso de um Santo, havia se tornado uma comunidade religiosa. Logo as pessoas dos vilarejos vizinhos acorreram para escutá-lo, para se confessarem com ele e alcançarem milagres, que ele atribuía a Santa Filomena, cujo culto recente crescia em popularidade a cada dia; tembém ele a chamava de sua "querida santinha".

Dez anos mais tarde, a reputação do santo Cura já havia se expandido para além da França, e não tardou a vir gente de muito mais longe; a paróquia de Ars, outrora desconhecida e solitária, tornou-se um centro de peregrinação universal. Às pessoas piedosas se juntavam ímpios, incrédulos, pervertidos; e as conversões se multiplicavam aos milhares. O Cura ficava lá, no confessionário, normalmente entre dezesseis e dezoito horas por dia, e o resto do tempo ele aplicava em pregações, catecismos e orações.


Tradução:

Gisele Pimentel

gisele.pimentel@gmail.com


Fontes:

Abade L. Jaud, Vida dos Santos para todos os dias do ano,Tours, Mame, 1950.

http://www.levangileauquotidien.org/www/popup-saints.php?language=FR&id=5730&fd=0