Nesta véspera da Festa de Santa Maria, Mãe de Deus - e nossa! - quero simplesmente lembrar da maravilhosa presença de Maria Santíssima ao nosso lado. A alegria de toda mãe (a priori) é estar ao lado de seus filhos e vê-los felizes. Muitas vezes as mães acabam cometendo certos excessos de zêlo pelo simples fato de quererem que seus filhos sejam "completamente felizes". Seria este um "pecado materno"? Não creio. Seria, antes, o tão falado "amor materno". O que sei é que aquele velho jargão: "Mães são todas iguais, só mudam os endereços" é bem realista. Mas graças a Deus que é assim. Se as sociedades atuais ainda conseguem sobreviver e progredir, de alguma forma, é porque as mães (geralmente) se desdobram em mil nos cuidados com seus filhos.
Assim como cada um de nós precisou de uma mãe para vir a este mundo, Deus também quis precisar de uma. Mais até: Ele sabia que, para ajudar a Igreja a dar seus primeiros passos e se desenvolver, precisaria também de uma mãe. A Sua. Só ela poderia "segurar a barra" da Igreja que nascia. Só Maria sabia como seria difícil a formação e o desenvolvimento da Igreja. Afinal, só ela sabia como tinha sido difícil criar o Chefe da Igreja.
E só ela sabe como é difícil vivermos, crescermos e nos desenvolvermos na nossa fé. Quando pensamos em Maria, tendemos a imaginar aquela mocinha linda, de feições muitas vezes angelical, perfeita. Maria pode ser assim, por que não? Mas devemos nos lembrar da adolescente que, após dizer seu "sim" a Deus, transformou-se em dona de casa, cuidando do lar, de Jesus, do esposo José. Igualzinha a todas as donas de casa de todas as épocas, do mundo inteiro. Sim, Maria lavava roupa, cozinhava, varria e arrumava a casa, precisava ir buscar água, tinha que ficar atenta para não faltar provimentos, enfim, tudo basicamente o que toda dona de casa faz. Será que já pensamos em Maria assim?
Quando o Anjo avisou José que seria preciso salvar a vida do Menino, a Sagrada Família partiu para o Egito. Que situação! Imaginem, Maria enfrentando os riscos da fuga - a possibilidade de encontrar saqueadores, as intempéries do deserto, o sufoco de precisar fazer uma viagem arriscada com uma criança tão pequena... Ameaças muito reais, de certa forma semelhantes com as muitas que vemos atualmente, no nosso dia-a-dia.
Mas ela não desistiu. Jamais desistiu de viver a vida que Deus lhe tinha reservado, com todas as tribulações e alegrias também. Não foi à toa que Jesus lhe confiou a humanidade inteira, uma multidão de filhos e filhas que precisam de uma Mãe ao lado. Mas também não foi por acaso que Ele a confiou a nós. Ele sabia que, para continuar a obra, Maria precisaria dos filhos com ela. Fica a pergunta: temos cooperado com Maria? Temos amado e confiado na nossa mãe? Temos ouvido o que ela nos diz?
Que em 2010 possamos ser filhos e filhas mais dedicados à nossa mãezinha. Feliz Ano Novo! Nossa Senhora nos abençoe sempre!
Gisèle Pimentel
Equipe Rio de Deus
Fonte (Imagem):
http://gabriellaroma.unblog.fr/2007/12/31/sainte-marie-mere-de-dieu/
Nenhum comentário:
Postar um comentário