quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

São Tomás de Aquino - Parte I

                 Resumo da Vida de São Tomás de Aquino,
    o "Doutor Angélico" - Festa: 28 de Janeiro

Sua infância
Tomás de Aquino (Tommaso d'Aquino) nasceu em 1224 ou 1225, no castelo de Rocca-Secca, próximo à cidadezinha de Aquino, no reino de Nápoles. A título de curiosidade, lembramos que 1225 é o ano da morte de São Francisco de Assis e da coroação de São Luís IX como rei da França. 
Tomás de Aquino nasce numa família nobre, relativamente modesta, que não mede esforços para tentar aumentar seu poder e sua influência no mundo laico assim como no mundo eclesiástico.Seu biógrafo tardio, Guillaume de Tocco, conta uma curiosidade da infância de Tomás de Aquino, onde podemos verificar um sinal do que ele se tornaria no futuro. Tomás ainda estava em seu berço quando, um dia, sua babá quis pegar um papelzinho que ele tinha nas mãos. Porém o garoto começou a protestar, gritando. Sua mãe aparece, tirando-lhe com força o papel das mãos do filho, apesar de seus gritos e lágrimas. Ela fica admirada quando vê que o papelzinho contém apenas duas palavras: Ave Maria.

Os estudos

Tomás é educado como oblato no mosteiro do Monte Cassino, não muito longe do castelo de sua família, na célebre Escola dos Beneditinos. Sua família desejava, sem dúvida, vê-lo um dia como prior ou abade naquele monastério, a fim de estabelecer definitivamente sua influência na região. Forçado a deixar o mosteiro do Monte Cassino após a expulsão dos monges em 1239, Tomás continuou seus estudos na Universidade de Nápoles, onde entra em contato, pela primeira vez, com os novos textos e métodos que começam a ser introduzidos no meio acadêmico. Em 1244, aos dezoito ou dezenove anos, apesar da desaprovação de seus pais, Tomás entra para a Ordem dos Irmãos Pregadores de Nápoles, fundada em 1216 por São Domingos de Guzmão, visando lutar contra a heresia dos Albigenses através da vida de pobreza e da pregação.

Enquanto os Dominicanos procuram enviar Tomás a Paris, sem dúvida para pô-lo a salvo das intervenções intempestivas de sua família, esta o capturou quando ele estava na estrada. Tomás ficou seqüestrado, preso numa torre do castelo familiar. Guillaume de Tocco nos conta de forma inspirada certas peripécias de Tomás de Aquino para resistir à pressão de sua família. Todos os meios empreendidos para tentar “dobrá-lo” eram muito bons, mas, imperturbável, Tomás consagrava seus lazeres forçados à leitura das Sagradas Escrituras. O “convencimento forçado” fracassou, então decidiram recorrer às seduções de uma cortesã. Mas Tomás atira uma brasa na lareira, fazendo a moça fugir. Em seguida, ele se ajoelha e, depois, adormece. Durante seu sono, ele vê anjos descendo do Céu para felicitá-lo e cingir-lhe os rins, dizendo-lhe: “Receba da parte de Deus o dom da castidade perpétua.” Após a morte de Tomás, seu confessor declarou que ele havia morrido tão puro quanto uma criança de cinco anos.
Graças à sua tenacidade e à cumplicidade dos irmãos dominicanos, Tomás pôde, enfim, seguir sua vocação. Enviado a Paris em 1245, ele encontra naquela cidade Alberto o Grande (1193-1280), que de encarrega dele e o leva consigo à cidade de Colônia, em 1248, onde Tomás continuará seus estudos até 1252. Guillaume de Tocco chama a atenção para um episódio que ele considera importante, ocorrido nessa época. Taciturno em meio aos estudantes mais agitados, “conversando apenas com Deus”, Tomás era chamado, com uma ponta de escárnio, de “boi mudo”. Mas seu mestre teria dito em público o seguinte a respeito dele: “Vocês estão vendo este boi que vocês chamam de mudo. Pois bem! Logo ele fará soar todo o universo dos seus mugidos.” O futuro viria a confirmar esta previsão.

Tradução e Adaptação:

Litanie Marie Sorel


Fonte:

http://docteurangelique.free.fr/

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