sábado, 3 de abril de 2010

“A natureza pascal da vida cristã.”

A festa da Páscoa é o centro da vida cristã. É a festa da vida, vida do Cristo ressuscitado e de todos os cristãos. Nesse dia não celebramos a memória de um herói morto, mas a presença de um Vivo e Vivente, Jesus de Nazaré, o Filho de Deus.
Temos, no relato do evangelho de hoje, dois episódios: no primeiro, Maria Madalena vai ao sepulcro, encontra-o vazio e relata a notícia da retirada do Corpo de Jesus a Pedro e ao discípulo amado (João Evangelista); no segundo, Pedro e o discípulo amado correm até o sepulcro e comprovam o fato.
Diante de tudo isso, brotam algumas reflexões: tanto Madalena como os dois discípulos ficam confusos, não compreendem o que acontecera, pois tudo parece ter acabado com a morte de Jesus.
Mas a vida renasce, e não há mais morte. Celebramos hoje o ponto culminante de nossa vida cristã, pois Cristo ressuscitou e a Sua Ressurreição é o resgate de todo o ser humano a uma nova ordem de relação no mundo.
Os dois discípulos mencionados na narrativa de hoje, Pedro e o discípulo que Jesus amava, estão juntos nas narrativas da Paixão. O discípulo que Jesus amava (talvez João, o próprio autor) identificou a mensagem do Mestre, permaneceu junto d'Ele durante a Paixão - ao passo que Pedro ficou parado e O negou - e acompanhou Jesus até o Calvário. Pedro, ao invés, fugiu.
No Evangelho de hoje, Pedro aparece novamente vencido. O discípulo que Jesus amava "começou a acreditar", diante dos sinais da morte: sepulcro, os panos, o sudário... Ele percebe a vitória da vida. Ao passo que Pedro, vendo as mesmas coisas, custa a ter fé na Ressurreição.
Uma vida dedicada aos irmãos, como Jesus fez, não se conclui com a morte, mas se abre para a plenitude de vida em Deus.

Fontes:
Diário Bíblico 2010, Ed. Ave-Maria.
http://www.pelerin.info/mm/illustrations/Multimedia/Pelerin/2009/actualite/res_450.jpg

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