Aqui vemos nossa tendência, de caráter pagão, de relacionar a desgraça e a infelicidade com o castigo. Deus não castiga os maus e recompensa os bons, como se todo desgraçado fosse culpado e todo homem de sorte fosse um protegido de Deus, recompensado pelos seus méritos.
Se assim agisse, Jesus seria um deus pagão e cairia em contradição com o que afirmara: devemos ser como o Pai do Céu, que faz chover tanto na horta do bom como na do mau, que ama e perdoa os pecadores, que não retribui conforme seus méritos, mas conforme seu próprio coração paternal.
Deus não quer que façamos como os pagãos, que só fazem o bem como retribuição a outro bem recebido. Quando praticamos o mal, não é Deus quem nos castiga; o mal que praticamos traz consigo a própria punição, pois os Mandamentos são as normas de nossa felicidade. Se nosso coração estiver repleto de ódio, inveja, maus desejos, isso necessariamente se exteriorizará e as conseqüências virão em seguida.
Portanto, fica claro que o Evangelho de hoje “pinta” um retrato de Jesus paciente e impaciente ao mesmo tempo.
Fontes:
Diário Bíblico 2010, Ed. Ave-Maria.
http://bonsamaritain.ca/files/IMG_0940%283%29.JPG
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