Meu amado, minha amada:
Hoje celebramos o Dia de Finados. Eu particularmente não gosto desta expressão, pois "finado" significa "morto, encerrado, que teve fim". Como cristã, eu não vejo lógica em me referir assim àqueles que estão em Deus, na Vida Eterna. Eles não acabaram, não "penduraram as chuteiras" em definitivo. Pela nossa fé, cremos que Eles estão vivos plenamente. É ou não é? Então, por que chamá-los de "finados"? Acho muito mais racional chamá-los de ressuscitados. Passemos, então, a celebrar, em 2 de novembro, o "Dia dos Ressuscitados".
Abaixo, você encontrará algumas palavras do Padre Joseph-Marie (José Maria), da Família de São José, na França. Que elas venham nos ajudar a compreender um pouco melhor a importância deste dia.
Afetuosamente,
Gisèle Pimentel
« Todos aqueles que o Pai me dá virão a Mim; e aquele que vier a Mim, Eu não o lançarei fora”: que consolação! Qualquer que seja a nossa situação, se consentimos com a ação do Espírito Santo que nos atrai para Cristo, Este nos acolhe de braços abertos em nome de Seu Pai. Como Ele poderia nos repelir, Ele que veio para reunir os filhos e filhas afastados de Deus e atrair tudo e todos na Sua elevação?
Jesus manifesta a vontade benfazeja de Seu Pai sob a forma de uma tripla missão: não perder nenhum daqueles que o Pai lhe confia; dar-lhes a vida eterna; ressuscitá-los no último dia. Este programa triplo, Jesus o cumpriu de uma vez por todas na Sua Paixão: doravante todos os seres humanos, sem exceção, podem encontrar no Filho o perdão de seus pecados e a reconciliação com Deus. Esta obra de misericórdia nos faz participantes, no Espírito de Deus, da vida do próprio Deus. Como, desde então, poderia Ele não nos ressuscitar no último dia, para nos introduzir na plenitude de paz e de alegria que Ele mesmo preparou para nós desde toda a Eternidade?
Estas são a nossa fé, a nossa esperança, a certeza que o Espírito de Amor nos dá, a nós e aos nossos falecidos que nos precedem junto do Pai; pois “tanto na vida como na morte, nós pertencemos ao Senhor” (2ª Leitura), Ele que por Sua morte e Sua ressurreição tornou-se “o Senhor dos mortos e dos vivos” (Ibid.).
Cristo agradou a Deus, e n’Ele Deus amou a todos nós (cf. 1ª Leitura). Ele nos espera impaciente na Jerusalém Celeste, onde Ele “enxugará toda lágrima de seus olhos e já não haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor, porque passou a primeira condição” (Ap 21,4).
Sim, é verdadeiro Aquele que disse : “Eu sou o Alfa e o Ômega, o Começo e o Fim. A quem tem sede eu darei gratuitamente de beber da fonte da água viva. O vencedor herdará tudo isso; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho” (Ap 21,6-7).
Padre Joseph-Marie, Família de São José, França
Tradução:
Gisele Pimentel
Fonte:
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