quinta-feira, 31 de julho de 2008

Beata Maria Teresa Kowalska

Meu amado, minha amada:

Muitas vezes pensamos que só judeus sofreram o flagelo dos campos nazistas, porém inúmeros religiosos e religiosas também foram imolados nesses lugares. Neste artigo, apresento-lhe a Beata Maria Teresa Kowalska, Irmã Clarissa polonesa que sofreu o martírio no Campo de concentração de Dzialdowo, Polônia, cuja memória celebramos hoje.


28 de Julho - Beata Maria Teresa Kowalska
Religiosa e Mártir, 01/01/1902 - 25/07/1941

Nasceu em Varsóvia, provavelmente em 1º de janeiro de 1902. Desconhece-se o nome e a profissão dos seus pais. Não se sabe mesmo se tinha irmãos. Recebeu a sua primeira Comunhão no dia 21 de Junho de 1915, e o sacramento da Confirmação no dia 21 de maio de 1920. O seu pai, simpatizante socialista, foi para a União Soviética na década de 1920 com grande parte da família.

Aos 21 anos, recebe a graça da vocação religiosa. Ingressou no Mosteiro das Clarissas Capuchinhas de Przasnysz no dia 23 de Janeiro de 1923,
com a intenção de reparar a culpa de sua família, contagiada pelo ateísmo. Tomou o hábito no dia 12 de Agosto de 1923 e recebeu o nome de Irmã Maria Teresa do Menino Jesus. Emitiu a sua primeira profissão no dia 15 de Agosto de 1924 e a profissão perpétua no dia 26 de Julho de 1928.

Era uma pessoa delicada e doente, mas disponível para todos e para tudo. No Mosteiro servia a Deus com devoção e piedade. Com o seu modo de ser conquistava o carinho de todos, diz uma das irmãs. Gozava de grande respeito e consideração por parte das superioras e das outras irmãs. Exerceu vários ofícios: porteira, sacristã, bibliotecária; Mestra de noviças e Conselheira. Maria Teresa vive a sua vida religiosa em silêncio, totalmente dedicada a Deus, com grande entusiasmo. Um dia este serviço a Deus foi posto a dura prova.

No dia 2 de Abril de 1941, os alemães irromperam no Mosteiro e prenderam todas as irmãs, levando-as para o Campo de concentração de Dzialdowo. Entre elas estava a Irmã Maria Teresa, doente com tuberculose. As 36 Irmãs ficaram presas no mesmo local e suportaram condições de vida que ofendiam a dignidade humana: ambiente sujo, fome terrível, terror contínuo. As Irmãs observavam com horror a tortura a que eram submetidas outras pessoas ao mesmo tempo, entre as quais se encontravam o Bispo de Plock, A. Nowowiejski e L. Wetmanski, e muitos outros sacerdotes. Depois de passar um mês naquelas condições de vida, a saúde das Irmãs debilitou-se. A Irmã Maria Teresa foi uma das que mais se ressentiu, mas ao menos se mantinha de pé.

Sobreveio-lhe uma hemorragia pulmonar. Faltava não só o serviço médico, mas também a água para matar a sede e para a higiene. Suportou o sofrimento com coragem e, até onde lhe foi possível, rezou junto com as demais Irmãs. Outras vezes ela rezava sozinha. Durante a provação, e consciente da proximidade da morte, dizia: “Eu, daqui, não sairei; entrego a minha vida para que as Irmãs possam regressar ao Mosteiro”. Isso mesmo dizia à abadessa: “Madre, ainda falta muito?”. Morreu na noite de 25 de Julho de 1941. Duas semanas depois, em 7 de agosto, as Irmãs foram postas em liberdade. Desconhece-se o paradeiro dos seus restos mortais.

gisele.pimentel@gmail.com

Fontes:

http://www.evangelhoquotidiano.org/www/popup-saints.php?language=PT&id=12239&fd=0

http://www.santopedia.com/santos/beata-maria-teresa-kowalska/



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