A comemoração de todos os fiéis defuntos o Dia de Finados, torna-se uma ocasião propícia para meditarmos sobre a dimensão pascal da morte cristã.
Não se trata de mera coincidência que a devoção popular reserve a segunda-feira como um dia em que se recorde, de modo particular, os nossos falecidos. Como sabemos, a cada domingo, a Igreja recorda a Páscoa semanal com a celebração do Dia do Senhor, de modo que celebramos semanalmente a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte.
Esta vitória, no entanto, não se limita a Cristo somente. Como primícias de todos os que adormeceram n’Ele, o Senhor nos precede. E, assim como pelo Batismo todos fomos sepultados na morte com Cristo, todos nós ressuscitaremos com Ele. Desse modo, o piedoso costume de recordar os falecidos no dia seguinte ao domingo, longe de ser uma superstição, deve expressar a certeza de que a ressurreição de Cristo já é a nossa vitória. Ele é a nossa Páscoa. Sabemos que, se com Cristo morremos, com Ele ressuscitaremos, como nos diz o apóstolo São Paulo: “Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro.” Foi o próprio Cristo quem nos disse: “Eu sou a ressurreição e a vida, aquele que acreditar em Mim viverá eternamente.”
Após a Páscoa do Senhor, o grande dilema humano não mais será vida ou morte, mas viver e morrer com Cristo ou sem Ele. Pois, quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor, nosso Bom Pastor, que dá a vida pelas ovelhas e ninguém, nem a morte nem a vida, nos pode tirar de Suas mãos.
Por isso mesmo, hoje, que é o dia da saudade, é ao mesmo tempo dia da profunda esperança de um encontro que certamente virá, pois o Céu é o encontro de todos os que se amaram com Aquele que, “tendo amado os Seus que estavam no mundo, amou-os até o fim”.
Fontes:
Folheto “A Missa”, 31º DTC, 02/11/10.
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