domingo, 7 de novembro de 2010

Alegrai-vos.


Na celebração de Todos os Santos, o Céu e a Terra se encontram. Da Ilha de Patmos, São João contempla a multidão incontável dos eleitos, vestida com vestes brancas. A eles nos unimos em espírito, ao redor do trono do Cordeiro, celebrando antecipadamente o louvor e a Eucaristia sem fim.

Também as Bem-Aventuranças se situam, ao mesmo tempo, no Céu e na Terra: bem-aventurados os que neste mundo são puros, mansos e humildes de coração, os que sofrem e são perseguidos, porque será grande a sua recompensa no Céu.
Ao proclamar felizes os que vivem toda espécie de dificuldades neste mundo, Jesus nos convida a dar graças antecipadamente por aquilo que haveremos de receber, na casa do Pai, convidando-nos à alegria.
As bem-aventuranças não são um estímulo a uma atitude fatalista, a cruzar os braços diante das dificuldades e injustiças perante situações que não procuramos e não desejamos, mas que muitas vezes ocorrem ao longo da vida. Ao contrário, elas são um convite a não ceder ao pessimismo derrotista, tornando-nos amargos e deprimidos, para que, mesmo diante de situações que muitas vezes parecem insolúveis, não percamos a esperança nem nos deixemos abater pela tristeza e pelo vazio sem sentido.
Numa expressão: tomar a cruz que a vida e as pessoas nos apresentam, assim como Jesus assumiu a Cruz que os homens Lhe colocaram sobre os ombros. A experiência da cruz, por mais pesada que seja, já se nos torna um “pré-anúncio”de uma bem-aventurança.
Alegrai-vos e exultai, é essa a esperança que não decepciona...
Deus já nos antecipa uma alegria inaudita e sem parâmetros: os sofrimentos presentes não têm proporção com a glória que há de vir.


Fontes:

Folheto “A Missa”, 32º DTC, 07/11/10.
http://multiplan.files.wordpress.com/2009/03/jesus_maria.jpg

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