segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A grandeza da oração

A oração é o tema proposto neste 29º Domingo do Tempo Comum. Nas figuras de Moisés, que sobe ao monte intercedendo pela vitória do povo judeu contra os amalecitas, e da viúva que pede justiça ao juiz iníquo, o Senhor quer nos ensinar a importância da oração perseverante.

A oração é a elevação da alma a Deus, como vimos na antífona da entrada da missa de hoje: “Clamo por Vós, meu Deus, inclinai Vosso ouvido e escutai-me.” Ela é o diálogo íntimo com Aquele que tudo pode. Uma comunicação direta com o Senhor de nossas vidas. Não é como um eco que faz voltar aos nossos ouvidos a mesma palavra que pronunciamos, mas o mergulhar n’Aquele que nos sonda, nos conhece e nos ama.

Uma das objeções mais freqüentes que são feitas sobre a oração de súplica é dizer que, se Deus conhece e decidiu de antemão todos os acontecimentos da história, como poderia a criatura pensar em mudar, com a sua oração, a decisão de Deus? São Tomás de Aquino nos responde que “não rezamos para mudar a decisão de Deus, mas para receber aquilo que Ele, desde a eternidade, já decidiu nos dar como resposta às nossas preces” (Suma Teológica II – II, q. 83, a. 2).

Ao longo da história, muitos mestres nos ensinaram a grandeza da oração: homens e mulheres como Santa Teresa d’Ávila, São João da Cruz, Santa Teresa do Menino Jesus, São Bento de Núrsia e São Francisco de Assis, de quem se falava que não era um homem que rezava, mas “um homem feito oração”. Num mundo onde há tantas mensagens, tantas notícias, na era da internet, da comunicação de massa, dos satélites, permanece como o diálogo mais importante e essencial, aquele que acontece na intimidade do coração do homem. Como já dizia Pascal, “nunca o homem é tão grande como quando se põe de joelhos”.

 

Fontes:

Folheto “A Missa”, 17/10/10, 29º DTC.

http://www.saintefamille.fr/viecontemplative/intentions-de-priere/

Nenhum comentário: