Entre aquelas pessoas que souberam viver plenamente o Advento, sem dúvida, podemos colocar São José como um dos primeiros da lista. Sua via foi um constante advento. Nele, encontramos alegria, vigilância e capacidade de mudar os rumos sempre que necessário.
Algumas pessoas até se assustam porque os relatos bíblicos pouco falam a respeito de São José. Estas pessoas, no entanto, se esquecem de que, para o Reino de Deus, vida não é uma questão de tempo. Refere-se muito mais ao jeito como vivemos o tempo que nos é dado. Sejam muitos ou poucos os anos de nossa existência, eles valem a pena na medida em que nós vivemos como o fez São José.
Ele era um apaixonado, um apaixonado por sua Maria, pelas tradições de seu povo, pelo Menino que acolheu do mais fundo do coração, pelo Deus que lhe vinha ao encontro nos momentos mais difíceis. São José nunca dividiu o amor. Quanto mais amava a Mãe do Filho de Deus, mais amava o Menino. Quanto mais se esforçava por dar o melhor de si à Mãe e ao Menino, mais amava seu povo e suas tradições. Quanto mais se empenhava na defesa da Sagrada Família, mais amava seu Deus, origem e proteção daquele Santo Lar.
São José era corajoso. O amor de São José não era um amor covarde, que foge diante da primeira dificuldade. Ao contrário, era um amor combativo, um amor que buscou incessantemente local para Maria dar à luz, um amor que não temeu empreender viagem de volta à terra natal, à pequena e querida Nazaré. Ali, no convívio com Maria e o Menino, no serviço fraterno e acolhedor da carpintaria, junto ao seu povo e às suas tradições, José completou a sua missão: pai de família da Sagrada Família.
Por fim, a coragem de São José, coragem fundamentada no amor, não tirou dele momentos de dúvida e de angústia. Sendo humano, São José também passou por estes sentimentos que a todos assolam. Mas, como homem de Deus, São José soube dar os passos necessários para mudar de rumo sempre que era necessário.
Querido São José, rogai por nós!
Fontes:
Folheto “A Missa”, 4º Domingo do Advento, 19/12/10.
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