quinta-feira, 3 de junho de 2010

Sobre Mártires


Um mártir (do grego μάρτυς, transl. martys, "testemunha") é uma pessoa que morre por sua fé religiosa, pelo simples fato de professar uma determinada religião ou por agir coerentemente com a religião que possui.
No decorrer da História, porém, a palavra ganhou outros conceitos, como morrer patrioticamente pela liberdade, a independência ou a autonomia de um povo, por um ideal social ou político ou até mesmo em uma guerra.
Do ponto de vista cristão e dentro do contexto do Novo Testamento pode-se dizer que mártir é aquele que preferiu morrer a renunciar à sua fé, por defender a veracidade do que consiste "a Palavra de Deus", entregando a própria vida para este fim, para que a essência desta verdade fosse preservada.
Entre os cristãos chama-se "batismo de sangue" o martírio daquele que morre pela fé antes de ter sido batizado. Assim, os Santos Inocentes, as crianças que foram mortas em Belém a mando de Herodes, embora não tenham sido batizadas na água, diz-se que receberam o "batismo de sangue" porque foram mortos no lugar de Jesus Cristo e por causa Dele. Estes são considerados os primeiros mártires do cristianismo. A Igreja Católica reconhece como válido o chamado "batismo de sangue" no lugar do batismo sacramental.
Em geral são considerados mártires aqueles que morrem nas perseguições religiosas, mas o termo pode ser utilizado também num sentido mais laico, associado a alguém que sacrifica a sua vida por uma causa. No Brasil o termo historicamente associado à figura de Tiradentes num sentido político da palavra: Tiradentes é chamado de "mártir da Inconfidência Mineira", por ter sido o único participante do movimento a ser condenado à morte pela Coroa Portuguesa.
Em geral os revolucionários quando condenados à morte são chamados de mártires dos ideais revolucionários pelos quais lutaram ou defenderam. Assim, por exemplo, na História do Brasil é possível falar em mártires da Revolução Farroupilha, da Revolução Pernambucana ou da Confederação do Equador.
Exemplos de mártires são os celebrados neste dia 3 de junho. São Carlos Lwanga e seus 21 companheiros eram ugandenses. Sofreram o martírio durante o reinado de Muanga, de cuja corte faziam parte. Isto aconteceu por volta do ano 1885. Carlos Lwanga, chefe dos pajens, foi o primeiro a ser assassinado. Foi queimado lentamente a começar pelos pés. Kalemba Murumba foi abandonado numa colina com as mãos e os pés amputados, morrendo de hemorragia. André Kagua foi decapitado e o último, João Maria, foi lançado em um pântano.
Foram canonizados no dia 18 de Outubro de 1964, pelo papa Paulo VI. Deles disse Paulo VI: Quem são? Africanos, autênticos. Africanos pela cor, pela raça e pela cultura, representantes qualificativos das populações bantos e milóticas... Seria história demasiado longa para ouvir-se: as torturas corporais, as decisões arbitrárias e despóticas dos chefes são, nela, coisa gratuita e dão testemunho de tanta crueldade, que a nossa sensibilidade ficou profundamente perturbada. Esta narração quase parecia inverossímil: não é fácil imaginarmos as condições desumanas - tanto elas nos parecem incompreensíveis e intoleráveis - no meio das quais subsiste, e se mantém, quase até nossos dias, a vida de muitas comunidades tribais da África. Esta história precisaria ser meditada com vagar...”

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mártir
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=saintfeast&localdate=20100603&id=11533&fd=0
http://www.evangelhoquotidiano.org/zoom_img.php?frame=44299&language=PT&img=&sz=full

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