domingo, 23 de janeiro de 2011

A geografia de Deus

No domingo passado, era João Batista que nos apontava Jesus como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Neste domingo, São Mateus nos apresenta o início da missão do Senhor e o Seu discurso programático. Como um chefe de Estado que assume o governo, ou como um rei recém-coroado, Jesus diz claramente a que veio, dando as coordenadas do Seu ministério: “Convertei-vos porque o Reino de Deus está próximo.” Contrariamente ao texto de hoje, repleto de tantas citações topográficas, como Galiléia, Cafarnaum, Nazaré, Zabulon e Neftali, o Reino dos Céus é uma atitude, é um convite a uma vida nova. É uma palavra, uma pessoa: JESUS CRISTO.
Encontrá-Lo é um convite à conversão, como ocorreu com André e Pedro, Tiago e João, que deixaram seus pais, suas redes e seus barcos e O seguiram, confiando unicamente na promessa de transformá-los em pescadores de homens e anunciadores da Boa-Nova. Converter-se é sair das trevas para a luz, buscando um caminho novo onde esta luz jamais se apaga, porque brilha dentro do coração de cada um.
Nesta semana, após recordarmos o martírio de São Sebastião, nosso padroeiro, celebraremos a conversão do grande evangelizador, o Apóstolo São Paulo que, na estrada de Damasco, encontrou em Cristo o verdadeiro e definitivo caminho e razão de sua vida.
A terra de Deus não tem geografia. Todo lugar, cidade ou a cada momento, é tempo de ouvirmos, como os apóstolos, o chamado de Cristo que nos convida à conversão, encontrando o Reino de Deus que está dentro de nós.

Fontes:
Folheto “A Missa”, 3 Domingo do Tempo Comum, 23/01/11.
http://www.oddb.net/Jesus%20holding%20the%20earth.jpg

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Cordeiro Imolado

Em perfeita harmonia com a festa do Batismo do Senhor, a liturgia deste domingo nos coloca diante da figura de João Batista, o Profeta do deserto.
Vendo Jesus, ele O aponta como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, expressão tão forte que ainda hoje é proclamada em cada Eucaristia celebrada na face da Terra.
A imagem do Cordeiro imolado recorda a noite da primeira Páscoa, quando o Senhor ordenou a Moisés que todo israelita se reunisse numa ceia com sua família, tomasse um cordeiro como alimento e marcasse com o sangue do animal as portas de suas casas. O sangue do Cordeiro poupou da morte os filhos dos hebreus, que tiveram seus primogênitos condenados pelos egípcios opressores. A ceia, comida às pressas com pães sem fermento, foi a última refeição antes da fuga do Egito, através das águas do Mar Vermelho, rumo à terra prometida. Ainda hoje, cada família judaica celebra com o cordeiro a festa pascal.
Cristo é o verdadeiro Cordeiro sem mancha nem pecado, imolado na Cruz. Com Seu Sangue salvou a humanidade inteira da morte eterna, libertando-nos da escravidão do pecado através das águas do Batismo, estabelecendo a Nova Aliança com toda a humanidade, e Seu Corpo é dado em alimento em cada Missa.
Que neste tempo em que tantos aproveitam as férias escolares para o merecido descanso, em meio ao calor escaldante, busquemos repouso e alento na celebração eucarística, encontro da comunidade orante que, na Eucaristia, encontra sua fonte e ápice.

Fontes:
Folheto “A Missa”, 2º Domingo do Tempo Comum, 16/01/11.